por falar em contador, ontem à noite assisti às várias formas de colocar o mesmo a contar a partir do zero. Vejamos, por exemplo: Paris, assisti a uma passagem em directo dos Champs Elysées, as pessoas radiantes, contagem decrescente, muita felicidade; ou o exemplo da televisão espanhola com um directo de Madrid com a tradicional praça cheia; e Londres com as doces e musicais badaladas do Big Ben; etc.
Nos directos das televisões portuguesas não houve praças cheias de gente, não houve sinos, nunca há uma correcta contagem decrescente e os telespectadores que assistiam à passagem do canal SIC passou o ano vários minutos (três minutos para ser mais correcto) antes das que assistiram à mesma na RTP. Para além disso houve uma contagem "ultra mega rápida" em ambos canais que me fizeram deglutir as uvas. Em vez de praças, tivemos um Baila Comigo e uma Floribela. Na verdade, e apesar de todos procurarmos colocar o contador a zero, a nossa vidinha televisiva continua a arrastar-nos para o ano anterior à do contador. No fundo somos todos irmãos metralhas acorrentados aos pesos da vida.Salvei-me disto tudo, pois despedi-me do ano ao som de uma capela que se fez ouvir aqui perto e assisti em directo à passagem de ano no canal Porto da TvCabo...e pronto, agora que cortei a corrente, coloco o dedo no botão desse contador para começar o ano a partir do número zero

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