JOGOS ENGRAÇADOS MAS SEM PIADA

vamos fazer um acordo

“está alguém aqui… à porta!”, assim começa Funny Games, um dos melhores filmes que encontrei, para me preencher uma bela tarde, durante este mês de Dezembro.

Dois jovens decidem divertir-se brincando com as famílias ricas que durante o fim-de-semana procuram o descanso fugindo à rotina, em direcção ao campo, nos seus condomínios ricos. O filme, logo nos primeiros segundos de rodagem, distorce toda a harmonia bucólica que falsamente transparece através da música clássica, e não só, imediatamente atropelada por sons irritantes e destorcidos de Heavy Metal.

Os jovens algozes impiedosos não permitem que a história tome o desejo do espectador, quer interpolando este com reflexões e ameaças, quer mesmo tomando o comando da televisão para passar atrás a fita, no momento em que a história toma um rumo não desejado pelo rufia da história. De facto os trajectos conhecidos do cinema são desconstruídos, e o anti-herói perturba o desejo de os bons saírem vencedores. Um filme que me abalou pela violência, que de “jogos divertidos” nada tem. Irei certamente vê-lo mais vezes. Um filme para a minha colecção de honra, em tudo parecido com um outro que já lá canta, o "Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick.

Se ainda não o viu veja-o já, porque vale bem a pena

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