A criança e a raposa

a principezinha e a raposa
de um modo geral, os filmes onde procuram uma tentativa de interacção entre o ser humano e os animais, imbecilizam sempre a parte animal, por a colocar cheia de incorrecta e mediáticas personificações que nos confortam, por ver nelas uma projecção dos mesmos problemas de uma sociedade não-natura. A meu ver, a projecção do homem na natureza nunca deve ser feita por esse caminho. Foi de forma reticente que vi um filme de 2007, Le Renard et l'Enfant, um filme de Luc Jacquet, contudo rapidamente me apercebi que nele toda a metáfora da raposa do nosso querido Principezinho, o culto da persistência, da tolerância, do amor sem posse e gratuito, estão implícitas na mimética esplendorosa da arte cinematografia. Este filme é sobre o "cativar" e a aprendizagem do tornar amar a natureza, transmitida pela procura da criança e o esconderijo de uma raposa. Um filme belíssimo, de grande mestria, que tem um efeito único de acalmia e levesa paisagística e bucólica, diria mesmo de um "Zen" em tudo espiritual... com pouco ou nenhum enredo, mas com muita aprendizagem, própria de quem gosta de escutar o correr dos rios e acampar nos montes das coisas

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