Eu sou um pirata de perna de pau...

a pirataria na net tem demasiados defeitos, diria mesmo, mais defeitos do que proveitos, contudo não nos podemos alienar de uma grande qualidade que a pirataria traz, o de disponibilizar filmes online alternativos, de forma gratuita, e que de outra forma jamais passariam pelos escaparates estandardizados ou pelos cinemas cada vez mais “leves” e hollywoodescos, baseados em recalcamentos de ideias e de guiões infindavelmente gastos. Prova disso foi o filme alternativo que recentemente encontrei num espaço dedicado à crítica de cinema estrangeiro "Renard et L’enfant", de facto seria uma perda demasiado grande nunca ter conseguido ver um filme destes. Não o pirateei, porque sou um navegador de uma nau cinematográfica, onde ver e deglutir, não é o mesmo de usufruir, não enterro os tesouros, nem uso pala no olho, não sou um corsário com uma caveira na bandeira. Sou um navegador “nauta”, que procura a descoberta e não o abalroamento gratuito.
Sou autor e sei bem quanto vale os direitos de autor tão proclamados. Desde que não descaracterizem os meus textos ou lhes alterem o nome, tudo responde em nome da leitura. Penso que ler com prazer um autor, que de uma outra forma não o conseguiríamos fazer, não é piratear, mas antes saborear um bom prato que não está na ementa. Assim se passa com alguns filmes disponibilizados na "net".
Sou dos que acham que a boa arte é e deve ser gratuita, e não um negócio, ou deixa de ser arte, para ser simplesmente dinheiro. A arte como puro negócio arruina tudo.
Como vos disse, vi recentemente um bom filme, "Renard et L’enfant," fui até lá navegando, e nunca abalroei ninguém, pois este tesouro não passa pelos nossos mares.
Já agora, piratear é como coçar os tomates: todos os homens os coçam, mas não o dizem abertamente em público.

Adenda: neste fim-de-semana não deixei de ir ao cinema, porque finalmente um bom filme "alternativo" passou cá pelo norte, creio eu, por engano

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