O JOGO DAS FACES
Zadoc Ben-David
fui ao Museu Municipal de Caminha de propósito para ver os trabalhos do vencedor do grande prémio da XIV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, o israelita Zadoc Ben-David. Os quatro trabalhos expostos do autor ocupavam a maior parte da pequena sala deste museu. No centro da mesma, numa película de dois metros por dois, estavam coladas algumas centenas de pequenas figuras vegetais, cujo tamanho não ultrapassa os cinco centímetros. O aglomerado feito de colagens fazia um espantoso jogo com a luz e cor: de um lado da película a cor verde vegetal, do lado contrário o castanho e o preto, que facilmente nos fazia recordar os incêndios. Juntamente com este trabalho, três outros, devidamente protegidos por uma redoma de vidro, e neles o mesmo jogo de luz, mas agora com um novo mediador de imagem, o uso de um espelho que reflectia as figuras de duas faces. Um trabalho sobre o tempo e a evolução, como nas faces de Jano… a não perder
Comentários
Mas, por outro lado, eu adoro desenho científico de plantas, o que pode favorecer o modo como observo a peça.
Não somos nada sem o nosso contexto, não é?