TRADUTORAS DE CAPAS "BENETTÓNICAS"

apesar de assistirmos a um proliferar de pequenas empresas editoriais, a verdade é que encontramos nos escaparates cada vez mais tradutoras do que editoras. Os autores portugueses, espalhados nas mesas de uma livraria, são definitivamente atropelados pelo avanço de icebergs estrangeiros, grandes massas de água e detritos congelados, cujo “sorvete” é diversas vezes lambido por línguas de tradutores. Obras, cujo sucesso já foi confirmado no país de origem, são-no agora, aqui, etiquetadas como “best seller mundial” ou “o livro mais vendido em França”, etc. De um modo geral, ao contrário do que se possa pensar, e salvo algumas e boas excepções, as tradutoras não apostam na literatura, mas em sucessos comerciais, daí o sinónimo da tradução plástica se basear numa filosofia ilustrativa de capas florescentes, com uma quase letra néon , aquilo que denominei uma vez de capas "benettónicas"

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