Isabel Ferreira Alves e o "Estrangulador..."
agradeço as palavras amigas de Isabel Ferreira Alves, leia aqui o seu blog, sobre a minha conversa de sábado, que tomo a liberdade de transcrever:
Reencontrei o Carlos Vaz ontem no Clube Literário do Porto no lançamento do seu último livro. Também a Catarina Vaz, que já não via há tanto tempo. Saudades dos meus amigos!
Conheci a Regina Gouveia escritora que no seu trabalho une a arte e a ciência, campos que a mim sempre me aparecereram como indissociáveis e com produtos riquíssimos. Vou agora descobrir o seu trabalho que apresenta paralelamente um grande trabalho de cariz pedagógico, tanto quanto me foi dado compreender da nossa partilha de ideias.
Reencontrei aí a Regina Pinheiro que já não via há 19 anos. A vida é bela, pois claro :)
Carlos numa simples conversa apresentou a obra, o seu trabalho e projectos. Partilhou ideias com o público e amigos. À noite reli alguns dos microcontos que compõem "o estrangulador de bonecos de neve". Havia-os lido num momento de velocidade da vida e havia-me ficado a sensação de genialidade que caracteriza a escrita de Carloz Vaz. Esta releitura deixa-me na completa certeza, que vem desde o primeiro momento em que o li no ano de 2000, de estar perante uma escrita muito grande. Uma escrita que nos coloca perante o pensamento iluminado sobre a essência dos seres, a arte e sobretudo, a própria escrita e a condição de escritor.
Deixo aqui a leitura do microconto que ilustrei.
"o homem trazia a ideia, mas não sabia como explicá-la. A ideia atormentava-lhe o dia, a noite, os anos e a vida... até o arrastar para a completa loucura. Jamais alguém conseguira saber o teor de tal ideia. Mas desde que sumira para dentro de si, trazia no rosto o gesto do incompreensível lado da expressão, e a loucura fora o único nome que os cientistas souberam dar àquela ideia que o homem trazia bem estampada no rosto."
in o estrangulador de bonecos de neve - Carlos Vaz
visitem: na sintonia da única primeira vez de sempre
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