O computador orwelliano e o fim da literatura
o mercado livreiro português está desinteressante e sem vivacidade. Toda a gente com quem falo, bons e maus leitores, todos eles já repararam que a literatura morre pelos cantos, as estantes enchem-se como pastilhas elásticas literárias... as poucas livrarias que resistem herculeamente nalgumas terras vivem a crise provocada pela falta criteriosa do bom gosto literário, poucos vão às livrarias hoje em dia, um espaço em vias de extinção, que apenas consegue sobreviver nas grandes superfícies comerciais, fazendo-se seguir por "rankings" forjados, os denominados "menus literários". As livrarias verdadeiramente boas fecham, e as que ainda não o fizeram, rebentam pelas costuras com "livros chiclete", como por vezes lhes chamo, por nos fazerem engolir a saliva, fazendo crer que mastigamos comida de verdade.
Não há espaço, meus amigos escritores, a verdade é que não há espaço para todos nós. As livrarias estão a morrer e nós, escritores, somos uma raça em vias da extinção. É uma realidade, o computador Orwelliano já está aí (continua)
Não há espaço, meus amigos escritores, a verdade é que não há espaço para todos nós. As livrarias estão a morrer e nós, escritores, somos uma raça em vias da extinção. É uma realidade, o computador Orwelliano já está aí (continua)
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