Rio Caldo

andava necessitado de um retiro, longe de tudo e de todos, onde só pudesse encontrar o corpo do silêncio para poder respirar, por isso procurei um dos espaços mais agradáveis para o fazer, o Gerês. O frio convidava ao retiro, e entreguei-me ao silêncio da mantanha, nos mesmos passos onde há seis anos escrevi o poema sobre as árvores de água que agora (re)visito:
as árvores de água nascem
no revés da cor que lhes falta
o negativo irresoluto arrasta
as imagens que crescem
para o seu fundo
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por que não pousarão os peixes nos seus ramos?
in Laivo

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