até à última livraria

as páginas abrem-se em escada
li, com tristeza, que o concelho de Amadora vai ficar sem livrarias a partir de Outubro. Mas este não é um caso único, é antes o panorama nacional.
Com a pseudo/crise dos pseudo/bolsos da liberdade, as livrarias ficam sem leitores…

no concelho onde moro há uma pequena mas fantástica livraria para, supostamente, 20 mil habitantes, e que todos os dias tenta sobreviver à custa de um pequeno punhado de havidos pelo conhecimento… é de bater palmas ao trabalho de quem ainda vai resistindo.
De facto houve um aumento de todas as coisas… um aumento que inchou-nos até não podermos mover mais
De facto, os livros encareceram, tudo está caro, e as livrarias estão sem gente e estão paradas (e não há pirataria nas livrarias). Mas, segundo li algures, isso até é um bluff, pois temos a Fnac, viva a Fnac, uma no Porto e outra em Lisboa, mas o resto, o resto é paisagem, uma paisagem de merda que me pede para ir embora daqui, uma paisagem onde as livrarias fecham e as Zaras crescem. Onde o livro morre… mas o telemóvel de 300 euros foi comprado para substituir um que ainda funciona, só que não tira fotografias…

Zé, meu querido Zé, a vida está cara de facto, mas a verdade é que nós estamos tão inchados que nem sequer nos atrevemos a esvaziá-la, em vez disso, deitamos os livros fora, pois precisamos de mais espaço vazio para… uma outra coisa qualquer

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