Match Point


infelizmente, nunca me afeiçoei aos filmes de Woddy Allen. Bem cedo, senti uma apatia pela problemática sexual com que este produtor, actor, músico, escritor, sei lá... envolvia as suas comédias.
Ao contrário, Catarina não perde um filme deste que, apesar de tudo, admito ser um excelente produtor/realizador, por isso lá fui empurrado para o seu último filme Match Point. Não esperava gostar, confesso-vos, mas depressa me capturou ao perceber que seguia o filme como um folheto de ópera.
Logo de início somos envolvidos por dois momentos de fruição artística, a leitura de Crime e Castigo, e a audição de uma ária una furtiva lacrima de Donizet, interpretada por Enrico Caruso, e que nos bebe através de um riscado disco de vinil.
Match Point é mais do que o fim de uma partida de vida, ele é também um hino à ópera, à literatura, à arte. O ponto final do jogo da vida termina como uma lágrima furtiva, causada por um crime ou por um castigo, mas perdoado por quem assistiu: Cielo, si può morir...!Di più non chiedo, non chiedo.Ah! Cielo, si può, si può morir...!Di più non chiedo, non chiedo.Si può morir...Si può morir d'amor!


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