uma escapadinha é pecado...
fiz uma escapadinha pela Beira, visitei as aldeias históricas… acolhi, assim, a proposta de ir para fora cá dentro.
Todos sabemos que, viajar por cá, por vezes, sai-nos bem mais caro do que viajar por outras bandas… e desta forma cheguei onde queria chegar, ao despendioso que é viajar pelas terras lusas.
Não querendo gastar muito, pois a conjuntura rompeu os bolsos, tentei procurar um hotel barato (mas barato, barato, agora, nem um tapete nos marroquinos). De facto, o hotel mais em conta que encontrei, com um claustrofóbico quarto, e tendo direito a um pequeno-almoço de bolachinhas de água e sal com leite em pó (e de facto assim foi), custava 68 euros. Procurei outros, mas todos me pediam “upa-upa-puxadote”…
Fiz-me à estrada. Como disse, o meu pequeno roteiro consistia em visitar algumas aldeias históricas, de facto, as aldeias estavam abertas, o que estava fechado eram os museus, um atrás de outro. Será que a greve dos funcionários ainda perdura? - Pensei. O único museu que encontrei aberto foi o do Azeite, em Idanha-a-Velha, mas mesmo ao lado, o museu que continha peças romanas, estava fechado. Lá só se encontravam turistas a espreitar pelas janelas, por onde também consegui ler algo, numa pedra lascada, sobre Caesar Augustos.
À noite procurei um restaurante típico pelos lados de Belmonte, queria experimentar a comida típica da região. Depois de ouvir várias opiniões, encontrei aquele que seria a referência da terra. Pedi o prato da região, foi o próprio dono do estabelecimento que o aconselhou, só não sabia que o prato tradicional da região era batatas, daquelas já descascadas, congelas e compradas em sacos… com um bife normalíssimo…
Vou muitas vezes à Beira, adoro a paisagem, as pessoas, a comida e os monumentos. Tudo leva a crer que desta vez tive azar.
Bem diz a igreja, que não devemos fazer "escapadinhas"...
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