manchas

na foto, Pollock
leio manchas como um diálogo entre duas subjectividades do próprio texto. A do observado e a do que observa, a do criticado e a do que critica, e por aí fora se quiséssemos continuar. Ao nível estrutural, manchas apresenta-se na forma de um diálogo entre o Luís e uma Leitora que se afigura como uma imagem interrogativa que vem do próprio quotidiano, uma imagem de alteridade que é o eco consumado do próprio texto, no exterior do espaço do blog.
A Leitora critica, observa, interroga, agita e propõe. Luís responde, acrescenta, argumenta, etc. Por vezes a Leitora não está, outras encontra-se com o texto fora do texto, num outro que se adianta, transformando-se numa pergunta quase retórica, porque a resposta advém de algures, de uma mancha anterior (por isso a necessidade de recuarmos alguns dos textos para vermos o ponto da situação antes do eco ter o seu espaço através da Leitora).
Para finalizar, os textos ou histórias deste blog, não passam disso, de um aglomerado de manchas: mancha-diálogo; mancha-quotidiano; mancha-música; mancha-filme; mancha-crítica; mancha-leitura…
Aqui, todos os dias…

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