a ave carmesim
D'Adamo, Red Bird (42" x 48"mixed media on board)
no lugar de encontro com o feminino
dança a ave do exótico carmesim
à procura do seu espaço vegetal
os trechos ritmados das cores que lhe são próprias
conhecem a estreiteza correcta para a abertura dos corpos
face ao misterioso movimento do afecto
a floresta aguarda de garganta cortada
para que os sons ritmados agigantem o estigma da ave,
abrindo-lhe as asas em violinos, até obscurecerem o espaço de luz
nos ramos onde os amantes se encontram
o vegetal consome-se como os ovos
procurando o abrigo das asas do carmesim
e no alto da pirâmide alimentar
a ave solta rugidos de leão
enquanto dança o feminino
num compasso ternário de valsa
no lugar de encontro com o feminino
dança a ave do exótico carmesim
à procura do seu espaço vegetal
os trechos ritmados das cores que lhe são próprias
conhecem a estreiteza correcta para a abertura dos corpos
face ao misterioso movimento do afecto
a floresta aguarda de garganta cortada
para que os sons ritmados agigantem o estigma da ave,
abrindo-lhe as asas em violinos, até obscurecerem o espaço de luz
nos ramos onde os amantes se encontram
o vegetal consome-se como os ovos
procurando o abrigo das asas do carmesim
e no alto da pirâmide alimentar
a ave solta rugidos de leão
enquanto dança o feminino
num compasso ternário de valsa
poema de Carlos Vaz
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