Fnac à venda

sou um consumidor activo de literatura. Geralmente procuro as livrarias periféricas em vez das grandes superfícies ou livrarias que tratam o livro como um chouriço ou um sabonete. Várias vezes aqui me insurgi contra os grandes espaços de vendas que procuram no objecto livro, sobretudo o objecto e não o livro. Como por exemplo a Bertrand ou a Fnac.
Quando abriu a Fnac, no Porto, haviam lá inúmeras prateleiras inteiras com livros de M.G. Llansol, Agustina Bessa-Luís, ensaios de vários tipos, livros difíceis de encontrar noutros locais, etc. Esse espaço já não existe, cedeu lugar às toneladas de livros de autores estrangeiros "Floribelanos" que mais parecem a primeira página do 24 horas, ou coisa assim. Os títulos mais pimba com cores, que parecem as listas da GNR numa paragem “Stop” numa Estrada Nacional, são sempre os mais escolhidos.
Não vos canso mais com estas observações, tantas vezes aqui repetidas por mim.
O que vos quero dizer é que hoje, enquanto dava o meu passeio habitual pelos blogs de preferência, dei com um texto de Nuno Seabra, no seu Blog Extratexto sobre a venda da Fnac pelo grupo francês. Será possível? E se assim for, não deveríamos fazer uma leitura da venda da Bertrand e da Fnac como um indicador de algo bom (ou de algo mau?) É melhor estar atento…

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