novas anotações
1. tenho andado a ler um pequeno, mas interessante, texto disponível na Internet intitulado Uma liturgia invisível: arte e sagração em Vergílio Ferreira, escrito por Isabel Cristina Rodrigues (ver o blog da autora, os- três- caminhos, através dos links em "Casas de Afecto", ou clicando aqui).
anotação fora da anotação: para os leitores mais assíduos ao espaço da Casa, muitas foram as vezes que critiquei ou louvei - a partir do meu amadorismo como observador - esta ou aquela forma de chegar até à arte. No fundo meras exposições de opinião que podem ou não divergir das de quem me lê.
2. voltando ao texto, foi muito interessante verificar que a opinião sobre a arte de Vergílio Ferreira é em parte semelhante com a reflexão de arte que, a partir de um diálogo com Goya e Isaac, tento incutir no meu próximo romance a sair em breve, pela editora Labirinto: Capricho 43.
Segundo Isabel Rodrigues, para Vergílio Ferreira, à arte e ao artista cabem a tarefa de guiar o ser pelo mundo, já que ela, a arte, existe para nos ajudar a ver, «para não sermos cegos ou não estarmos mortos». Permitem-me, só neste ponto, discordar um pouco, penso que a objectivo próprio da arte é a de “perfurar os olhos até à cegueira total das formas cansadas do mundo”…
3. Recentemente participei numa antologia de poesia, revista “saudade 8”, cujo tema era, essencialmente, o conceito de arte como um meio clarificador no universo das incertezas. A arte transforma o modelo do monstro em beleza, o de pesadelo em sonho, bastando somente para isso apurar a água turva que o homem depois há-de beber»
4. Isabel veio-me alertar para a releitura necessária do Espaço do Invisível, e é o que farei em breve
texto de Isabel Cristina Rodrigues em pdf »
Comentários