recentemente, a pedido de Inês Ramos, escrevi para o blog porosidade etérea, um Quase Poema de Natal. Não tenho qualquer jeito para poemas deste género, pois é bem difícil escrever sobre uma época cheia de afectos, sem nos repetirmos ou cairmos na monotonia literária, mas aceitei o desafio. Depois de alguns minutos sem qualquer ideia, decidi escrever sobre o novo Natal que se tem imposto de ano para ano.
Na verdade, o Natal velho festejava o nascimento do menino Jesus, não é que eu seja muito religioso, mas sou sensível ao simbolismo de afectos que o presépio comporta. O Pai Natal tem para mim uma conotação de um MacChristmas contemporâneo.
A propósito do post anterior, substituir valores por presentes é uma das tais riquezas fruto do trabalho árduo e progresso que nos fala o Srº Primeiro-Ministro. Sendo assim, escrevi, para esse blog de poesia, o poema que se segue:

Um quase poema de Natal

em vez de um menino com incenso e mirra
e uma estrela no caminho
nasceu um Pai Natal com telemóveis e MP3
num trenó bem carregadinho
a vaca e o burro voltaram para o curral
e do estrangeiro importaram-se renas
porque nem sequer existem em Portugal

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