boato ou não, contaram-me que o suplemento Mil Folhas do Jornal Público foi editado pela última vez, na passada sexta-feira. Apesar de algumas vezes o ter criticado, sobretudo pelo protagonismo oferecido à literatura estrangeira, e a algumas editoras, a verdade é que este suplemento trazia conteúdos únicos e irrepetíveis. Textos de Raquel Ribeiro, Eduardo Dâmaso, Helena Vasconcelos, Isabel Coutinho, Rui Catalão, Susana Neves, Nuno Crespo, Carlos Pessoa, etc., que eu lia, apontava e procurava com avidez…
Tenho um pequeno caderninho vermelho de recortes daquilo que leio e que considero as melhores colunas de opinião e leitura. O caderninho fica, a partir de hoje, bem mais pobre. Nele tenho recortes de textos amarelados pelo tempo, de há anos, textos de partilha com leituras únicas feitas por Eduardo Prado Coelho e Augusto M. Seabra, bem como o inimitável Jorge Silva Melo com a sua coluna “Fora de Mercado” que tanto valor lhe dava e único no país… e por fim as páginas que ocupam a maior parte do meu livro vermelho de recortes, as do “Escrito a Lápis” de João Barrento, onde tanto fui beber sobre o melhor da escrita literária, bem como análises de grande qualidade de obras da minha querida Llansol. Tudo isto, e muito mais, acabou, segundo dizem…
A ser boato ou não, confesso-vos que o único jornal que comprava do Público, e que aos poucos venho abandonando, era o de sexta-feira, no dia do suplemento “Mil Folhas”.
O Ípsilon vem substituir o espaço dos livros, não sei ainda se trará alguma literatura.
Confesso-vos que enquanto tirava estas fotografias à minha colecção de Mil Folhas, espalhadas pelo chão da casa, senti uma enorme tristeza por ter de quebrar um hábito de leitura há tantos anos enraizado em mim.
A literatura está novamente mais empobrecida, restam-nos o suplemento de O Primeiro de Janeiro, "das Artes das Letras", e os blogs que felizmente estão ao acesso de qualquer um, e que aos poucos ganham cada vez mais terreno...
Tenho um pequeno caderninho vermelho de recortes daquilo que leio e que considero as melhores colunas de opinião e leitura. O caderninho fica, a partir de hoje, bem mais pobre. Nele tenho recortes de textos amarelados pelo tempo, de há anos, textos de partilha com leituras únicas feitas por Eduardo Prado Coelho e Augusto M. Seabra, bem como o inimitável Jorge Silva Melo com a sua coluna “Fora de Mercado” que tanto valor lhe dava e único no país… e por fim as páginas que ocupam a maior parte do meu livro vermelho de recortes, as do “Escrito a Lápis” de João Barrento, onde tanto fui beber sobre o melhor da escrita literária, bem como análises de grande qualidade de obras da minha querida Llansol. Tudo isto, e muito mais, acabou, segundo dizem…
A ser boato ou não, confesso-vos que o único jornal que comprava do Público, e que aos poucos venho abandonando, era o de sexta-feira, no dia do suplemento “Mil Folhas”.
O Ípsilon vem substituir o espaço dos livros, não sei ainda se trará alguma literatura.
Confesso-vos que enquanto tirava estas fotografias à minha colecção de Mil Folhas, espalhadas pelo chão da casa, senti uma enorme tristeza por ter de quebrar um hábito de leitura há tantos anos enraizado em mim.
A literatura está novamente mais empobrecida, restam-nos o suplemento de O Primeiro de Janeiro, "das Artes das Letras", e os blogs que felizmente estão ao acesso de qualquer um, e que aos poucos ganham cada vez mais terreno...
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