a Cooperativa Árvore apresenta a exposição de pintura de NUNO GANDRA, Espaço, Tempo e Movimento, de 8 a 27 de Fevereiro de 2007.
(...) Frente à irreversibilidade universal, o fluxo do nosso tempo pode parecer tão imóvel. Dentro destas pinturas há um tempo de plenitude, um tempo – agora, que será por sua vez um tempo – pleno, longe das normas reguladoras do tempo ordinário, do tempo homogéneo e vazio. Os quadros de Nuno Gandra não serão, como também não o é o cinema, simples representação mecânica da realidade, mas actividade fundamentalmente psíquica, que implica sentimento, memória, imaginação.
Confundimos o tempo com a sua principal manifestação: o movimento.O movimento aparece-nos de imediato à vista, ao ouvido, inclusive ao tacto, para manifestar a sua condição temporal melhor do que outros aspectos da realidade. Desde Platão que defendia o tempo como “uma imagem móvel da eternidade”, ou Aristóteles que mais explicitamente o converteu no “número do movimento”, esta presença invisível, mas inevitável, do tempo no movimento foi claramente reconhecida e nomeada. Observamos na pintura de Nuno Gandra movimento, figuras que se deslocam no espaço. Esta confusão contagia a nossa maneira de interpretar uma suposta “interrupção do tempo”. (...)
Confundimos o tempo com a sua principal manifestação: o movimento.O movimento aparece-nos de imediato à vista, ao ouvido, inclusive ao tacto, para manifestar a sua condição temporal melhor do que outros aspectos da realidade. Desde Platão que defendia o tempo como “uma imagem móvel da eternidade”, ou Aristóteles que mais explicitamente o converteu no “número do movimento”, esta presença invisível, mas inevitável, do tempo no movimento foi claramente reconhecida e nomeada. Observamos na pintura de Nuno Gandra movimento, figuras que se deslocam no espaço. Esta confusão contagia a nossa maneira de interpretar uma suposta “interrupção do tempo”. (...)
in catálogo da exposição, excerto texto de Joana Rêgo, Ed. Árvore, 2007
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