Capricho 43, Feira do Livro de Braga

Galardoado já com o ‘Prémio Literário António Paulouro’, o livro ‘Capricho 43’ de Carlos Vaz foi a atracção da noite, na passada quarta-feira, na 16ª edição da Feira do Livro de Braga.“Há algo em Braga que propicia à escrita e encontrei desde há muito esse espaço não só através dos meus livros como de outras actividades desenvolvidas”, começou por salientar Carlos Vaz, enquanto apresentou o seu romance ‘Capricho 43’, realçando a sua “ligação muito íntima a Braga”.
Carlos Vaz começou por lembrar um jantar em memória de Sebastião Alba, realizado exactamente em Braga há alguns anos e onde conheceu as pessoas que o iriam “afagar nesta vida literária”. E foi a essas mesmas pessoas – que em grande parte compunham a plateia do auditório – que Carlos Vaz fez questão de dedicar este seu novo romance.‘Capricho 43’, recordou o autor, “faz parte de uma trilogia de experiências” e “procura dar ao leitor experiências de encontro, expe- riências de exigência”. Pretende, por isso, “junto ao leitor originar experiências pensadas”. Este romance, ainda segundo o autor,
“procura leitores exigentes, que buscam na obra algumas aprendizagens, algumas experiências que não encontram noutros livros”.
Para que isso fosse possível, Carlos Vaz trouxe para as páginas de ‘Capricho 43’ dois “personagens reais”, nada mais do que Goya e Isac Newton.
E “colou-lhes”, depois, duas “figuras utópicas”, ou seja, “o homem-que-separa-as-águas” e “a Mãe”. Ora, “a união entre a ciência e a utopia” vai dar um resultado que deixa “à descoberta do leitor”, afirmou o romancista.Carlos Vaz recusa ainda algumas “acusações” (sublinhando as aspas) de os seus livros serem algo “confusos”. E, a propósito, destaca que as suas obras “não são confusas, o leitor é que tem que procurar a história e ser parte activa da obra”.

Patrícia Sousa, Jornal Correio do Minho

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