Joaquim Filipe, Fundos
Cooperativa Árvore, Porto
este fim de semana, estive na Cooperativa Árvore, Porto, para visitar a exposição de pintura de JOAQUIM FILIPE, intitulada Fundos.
A obra deste pintor nascido em Ílhavo, facilmente apreende o nosso fascínio estético pela aparente caoticidade que deixa, aqui ou ali, irromper círculos que limitam e protegem universos de desenhos pictóricos. Li nestes círculos a focalização de uma objectiva, um óculo de evidência, que afasta do caos o olhar, dando espaço a certezas do quotidiano submerso pela taciturnidade dos gestos recortados da sociedade, pequenas bolhas de oxigénio repletas de vida desenhada a lápis.
Para além dos círculos temáticos, embrulhados pelo fundo, há mundos e corpos submersos, fora da protecção circular, como figuras de tranquilidade na incerteza. Espaços fora do lugar certo e inteligível: um barco suspenso; cidades flutuantes, corpos deitados, etc., tudo como parte da incerteza acrílica dos dias
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