finalmente consegui ver o filme realizado por Richard Eyre, Diários de um Escândalo. É essencialmente um bom filme sobre as paixões humanas. Neste caso, as paixões de duas mulheres, embora com diferentes interesses. Na verdade, como diz a própria anotação ao título, o erro de uma mulher é a oportunidade de outra. Barbara Covett, a actriz Judy Dench, é uma professora autoritária e fria com os seus alunos e colegas de trabalho. Esta professora encontra em Sheba o destinatário das suas intenções, ao descobrir que esta última tem uma aventura com um aluno. Barbara vê neste erro um trunfo para conseguir os seus objectivos amorosos com Sheba e assim pretende conseguir a atenção desta jovem professora...

De realçar, ainda, neste filme dois episódios caricatos, que merecem alguns comentários: a descrição da realidade escolar de hoje, a burocracia do corpo docente que se afoga, cada vez mais, em papeis (grelhas, relatórios, avaliações) – de realçar a passagem da entrega dos relatórios, Barbara ao contrário dos seus colegas que se encheram de folhas e capas, ridiculariza o acto, entregando apenas uma folha A4, numa mica - e por último, e talvez o mais importante a irritante e claustrofóbica atitude dos jornalistas que procuram a todo o custo arrancar não sei bem o quê daqueles que se tornam também as suas vítimas…
Por fim, vi em Diários de um Escândalo, não só o tumulto amoroso entre estas duas mulheres, mas também o escândalo que a sociedade parece sempre desejar como locomoção das suas próprias angústias….

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