A METÁFORA DO MONSTRO

a criatura que "chupa" os homens

o filme The Host, realizado pelo sul coreano Bong Jun-ho, foi para mim uma agradável surpresa. Engane-se quem procura assistir a um filme hollywoodesco, com cenas assustadoras de um estranho monstro anfíbio devorador de homens.
Logo nos primeiros minutos somos confrontados com a atitude de um coreano, sob ordem de um cientista norte-americano autoritário, por ter de deitar para o rio uma enorme quantidade de químicos. Como consequência desta obediência cega, surge o produto: uma criatura mutante. De facto, ao longo deste filme, muitas são as denúncias sobre as consequências de um pais, neste caso Coreia do Sul, se subjugar à tão inconsequente política americana. A mensagem é facilmente compreendida, sobretudo na caracterização dos cientistas tresloucados norte-americanos: vesgos, loucos, com uma atitude inconsequente, procurando a encenação de um vírus e de uma cura amarela, dando alimento à comunicação social.
Os danos colaterais de uma política de jugo são ultrapassados por uma família, até então fragmentada, e que agora se une para enfrentar os próprios medos, procurando rever a todo o custo os seus entes. Da metáfora do monstro, apenas o facto deste engolir pessoas e “chupá-las” até aos ossos, de resto pouco ou nada há mais a dizer, somente que este passa por lá e serve como pano de fundo a outra coisa que o espectador há-de compreender

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