PARA MARIA GABRIELA LLANSOL
para Maria Gabriela Llansol
ensinas a ler, arrancando a mão com que a ave se firma na água
de bico comprido mantive-me altivo - como aprendi a fazê-lo, inicialmente, contigo – cheirando, por cima das palavras, a superfície capilar do sentido
lá no alto, segue-se a aprendizagem do voo
um falcão, que vê todo o texto, chama por mim, pede que abandone as águas e sobrevoe o mundo da metanoite, antes que me torne naquela idónea ave de um rio, onde as figuras se mantinham como girinos em vez de batráquios textualinos
dispostos a saltar para a língua, nenúfar de um tanque de palavras
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Continuar é preciso, com GabriELA, sempre.
1 Ab
José Cunha