A COISA CRÓNICA (E' chiaro che io essendo mafioso...)
na saudosa série “La Piovra”, O Polvo, o inspector da Polícia, Corrado Cattani, a uma dada altura, assiste a uma conversa entre dois mafiosos, um da velha escola e outro da nova. O mafioso da velha escola, que fazia lembrar, em tudo, o Padrinho, mandou matar um político por este não acatar o devido suborno e, desta forma, não aceitar as ordens e os interesses da máfia. O mafioso da nova escola, riu-se desta acção e observou que este tipo de atitudes mafiosas não levavam a lado nenhum, segundo o mesmo, os tempos agora tinham mudado, em vez de a máfia matar ou subornar políticos, deveria era apadrinhar totalmente a propaganda eleitoral destes. Bastava para isso escolher alguém com o encanto do público, para depois patrocinarem todo o seu festival político. No fundo, as pessoas elegeriam uma marioneta puxada pelos interesses dos mafiosos e tudo estaria sempre salvaguardado. Ora esta conversa não veio simplesmente do acaso. Basta ver alguns cargos mágicos que recentemente alguns políticos obtiveram em Portugal, principalmente depois de saírem da função de secretários ou de ministros.
Creio, e tenho a convicta certeza, que no apoio económico das lutas partidárias há muita máfia gerada pelos interesses económicos (o leitor pode-lhe chamar outra coisa se quiser). Na propaganda eleitoral há pouca transparência. Nunca se sabe bem quem está a pagar todo o “fogo de artifício”. O discurso pode mudar de cor para cor mas, como no exemplo dos balões do Quino aqui ao lado... quem ainda acredita nas fadas políticas, pensa que as varinhas mágicas ainda funcionam…
em cada político que gesticula do palanque na tradicional "vozearia in crescendo", eu só consigo escutar a voz de um gnomo feio, dizendo: E' chiaro che io essendo mafioso…
(Parêntesis carregado de reticências: e ainda me querem fazer crer que o acto eleitoral é um dever cívico.... já o foi... agora não. Espero pelo dia em que alguém volte a cortar os fios da marioneta... e a historia então repetir-se-á mais uma vez...)
em cada político que gesticula do palanque na tradicional "vozearia in crescendo", eu só consigo escutar a voz de um gnomo feio, dizendo: E' chiaro che io essendo mafioso…
(Parêntesis carregado de reticências: e ainda me querem fazer crer que o acto eleitoral é um dever cívico.... já o foi... agora não. Espero pelo dia em que alguém volte a cortar os fios da marioneta... e a historia então repetir-se-á mais uma vez...)