2008 - BALANÇO DE UM FATÍDICO "ANUS" (iv)
2008 foi um ano editorial, a meu ver, pobríssimo, quase inexistente, fora duas ou três traduções de grande qualidade, como o caso de Musil de João Barrento, e umas seis ou sete editoras que têm ainda a ousadia de apostar na boa Literatura Portuguesa, principalmente grandes apostas da Assírio&Alvim, Quasi, QuidNovi, Labirinto, Angelus Novus, Vendaval, e mais alguns. Na realidade, se não fossem estas pequenas/grandes editoras nada mais haveria a referir a não ser pura caca literária que grupos, como o Leya, procuram fazer crer aos leitores que os livros editados com capas benettónicas são melhores do que pasteis de Belém. De facto, o descontentamento dos leitores é geral, e na verdade, mesmo aqueles ditos “pouco exigentes” têm a mesma percepção de que o colorido é deveras enjoativo e nada há para ler.
Creio que, tal como os bancos, o ano de 2009 será, na verdade, um espaço em que as editoras -principalmente as grandes - vão ter de repensar, de novo, as suas estratégias editorais. Há realmente uma falta de debate sobre o estado caótico do mercado editorial português. É cada vez mais urgente debater e sobretudo agir no mercado livreiro.
Curiosamente, este foi o ano em que menos livros comprei. Talvez tenha mesmo ficado pela metade das adquisições que fiz em ano transacto, felizmente, não por problemas financeiros, mas apenas porque "não há"
Creio que, tal como os bancos, o ano de 2009 será, na verdade, um espaço em que as editoras -principalmente as grandes - vão ter de repensar, de novo, as suas estratégias editorais. Há realmente uma falta de debate sobre o estado caótico do mercado editorial português. É cada vez mais urgente debater e sobretudo agir no mercado livreiro.
Curiosamente, este foi o ano em que menos livros comprei. Talvez tenha mesmo ficado pela metade das adquisições que fiz em ano transacto, felizmente, não por problemas financeiros, mas apenas porque "não há"