Prémio de poesia para Daniel Gonçalves
fiquei eufórico pelo merecido prémio de poesia Manuel Alegre atribuído recentemente a Daniel Gonçalves. Sobre ele já aqui escrevi: "o grupo de poetas da minha geração, Daniel Gonçalves é, actualmente, o da minha referência por variadíssimas razões:
- em primeiro lugar é de salientar a atitude, verdadeiramente poeta, por não só escrever mas também manufacturar alguns dos seus livros, remetendo-os para quem merece realmente ler boa poesia. O poeta chega mesmo a enviar para os leitores mais persistentes, por correio, em pequenas edições limitadas, sem distribuidora, livraria, editora e, por fim, de forma gratuita, tal como a própria poesia o deve de ser. Sim, já sei, são vários os bons poetas que já o fazem, alguns em formato PDF, outros também manufacturados... por isso estão na mesma grandiosidade do Daniel. Recentemente fui um dos felizardos, conseguir chegar a tempo e ainda deitei a mão a uma dessas raríssimas obras, antes de acabar o pequeno número de vinte exemplares propostos pelo autor. Uma preciosidade que felizmente não perdi. Textos ímpares, belíssimos do qual vos quero falar e contagiar a leitura com a próxima entrada. Para tal, foi apenas preciso estar atento ao blog do poeta (aqui);
- em segundo lugar, confesso-vos que ando algo farto da poesia contemporânea de alguns autores da minha geração, parte da poesia que por aí anda, e é muita, caiu numa espécie de ensaio da língua, num desdobramento de oficina através do exercício da sinonímia. Quanto maior for o palavrão, maior a complicação. Daniel gosta de se intitular como o poeta da 'Simplicidade' e de facto assim o é. Os melhores versos que encontro na língua de um livro são os dele, simples, leves, puros mas cheios de trabalho, não da língua, mas da gravidade das palavras depois de todo o lixo desaparecer."
- em primeiro lugar é de salientar a atitude, verdadeiramente poeta, por não só escrever mas também manufacturar alguns dos seus livros, remetendo-os para quem merece realmente ler boa poesia. O poeta chega mesmo a enviar para os leitores mais persistentes, por correio, em pequenas edições limitadas, sem distribuidora, livraria, editora e, por fim, de forma gratuita, tal como a própria poesia o deve de ser. Sim, já sei, são vários os bons poetas que já o fazem, alguns em formato PDF, outros também manufacturados... por isso estão na mesma grandiosidade do Daniel. Recentemente fui um dos felizardos, conseguir chegar a tempo e ainda deitei a mão a uma dessas raríssimas obras, antes de acabar o pequeno número de vinte exemplares propostos pelo autor. Uma preciosidade que felizmente não perdi. Textos ímpares, belíssimos do qual vos quero falar e contagiar a leitura com a próxima entrada. Para tal, foi apenas preciso estar atento ao blog do poeta (aqui);
- em segundo lugar, confesso-vos que ando algo farto da poesia contemporânea de alguns autores da minha geração, parte da poesia que por aí anda, e é muita, caiu numa espécie de ensaio da língua, num desdobramento de oficina através do exercício da sinonímia. Quanto maior for o palavrão, maior a complicação. Daniel gosta de se intitular como o poeta da 'Simplicidade' e de facto assim o é. Os melhores versos que encontro na língua de um livro são os dele, simples, leves, puros mas cheios de trabalho, não da língua, mas da gravidade das palavras depois de todo o lixo desaparecer."
(11 de Setembro de 2009)