A 'Antígona' de Sófocles

Antígona | ensaios 02, Teatro Nacional São João (on Vimeo)

na sexta-feira fui assistir à estreia da tragédia 'Antígona', de Sófocles, integrado nas comemorações do Dia Mundial do Teatro, com encenação de Nuno Carinhas, que ficará em cena apenas até dia 28, regressando ao palco do São João de 7 a 23 de Abril.
Assim como há músicas, livros e filmes que nos ficam, esta encenação de Nuno Carinhas, com autores como Alexandra Gabriel, António Durães, Emília Silvestre, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Maria do Céu Ribeiro, Paulo Freixinho e Pedro Almendra, deixou a sensação que há muito que não assistia a uma peça com tão grande qualidade.
A fotografia estática de algumas falas, motivada pelas luzes e cores estudadas do guarda-roupa
, onde essencialmente predomina a cor favorita da tragédia (o vermelho), que criaram um agradável sensação visual; os cenários simples mas inteligentes e funcionais, a música (sonoplastia) despercebida mas carregada de intenção dramática, e perceptível apenas no arrastar ou fechar de algumas portas, visíveis e invisíveis, etc. O grito do oráculo que prevê a tragédia a recair sobre as acções insanas de Creonte ecoou em mim durante todo o fim-de-semana (e ainda ecoa neste momento). O elenco de actores foi excepcional, os tempos de fala correctos, sem hesitações e bem expressivos, os movimentos cenográficos de uma qualidade meticulosa.
No fim, um público rendido e uma sala a romper de palmas... de facto uma peça a não perder

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