Alegremente e lindamente para a bancarrota

"Crise no Jantar do Hotel Central" (part 2) - ler post anterior
neste texto é de realçar a forte crítica a Cohen, por causa do estado das finanças de então (e de agora), o assunto da conversa salienta sempre, de uma forma irónica e implícita, a crise financeira em que o país se encontrava. O assunto é abordado de forma irónica quando através de Cohen, nos é descrito que os “empréstimos em Portugal constituíam uma das fontes de receita, tão regular, tão indispensável, tão sabida como o imposto. A única ocupação mesmo dos ministérios era esta - «cobrar o imposto» e «fazer o empréstimo»./ Carlos não entendia de finanças: mas parecia-lhe que, desse modo, o país ia alegremente e lindamente para a bancarrota” (pág.165). Perante este cenário, Ega demonstra uma opinião anti-patriota, a solução está apenas numa desejada "invasão espanhola" (pág.166).
O engraçado é que depois de tanto tempo passado... parece que acabei de ler isto, ainda hoje, no rodapé de um noticiário da televisão
in: Os Maias, Eça, Edição Livros Brasil, Lisboa

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