Crise no Jantar do Hotel Central
não gosto de trazer trabalho para este blog, mas hoje ocorreu-me fazer uma experiência aproveitando uma oportunidade de leitura com os alunos. Tudo aconteceu durante uma interessante passagem pela obra "Os Maias" de Eça, mais precisamente algures no decorrer do capítulo VI, aquando o Jantar de Carlos com Dâmaso, Craft, Cohen... páginas essas onde Ega "ruge" o desencanto e a decadência nacional, a bancarrota e o desejo do "Hispanismo", para além do estado das finanças do então pequeno "rectângulo lusitano".
No final, apenas alguns instantes tardaram para que os alunos fizessem a dita ponte com a actual crise económica e o desencanto nacional de agora. Abri assim um debate necessário sobre a circularidade dos erros da história económica que têm tendência a se repetir constantemente, apesar de parecer ter formas diferentes. Falei-lhes da crise de 83, a da terrível quinta-feira negra, a crise durante a ditadura, etc.; de como tudo ocorre sempre da mesma maneira e de como as crises se repetem constantemente, fazendo sempre crer que um novo paradigma está para chegar, que o mundo vai mudar, até ao próximo erro, na realidade é esta a matéria de que são feitos os paradigmas.
Ora, não há maior ilusão de que o mundo avança de paradigma em paradigma, já que a essência do erro perdura no mesmo, se atentarmos bem os paradigmas são como portas para um corredor comprido, podemos ir de quarto em quarto, mas o corredor é sempre o mesmo. Assim a crise é como uma gravidade invisível, como o da matéria negra que nos arrasta sempre para um mundo pequenino e nauseabundo, tardando assim a chegar a idade do ouro da real condição humana
No final, apenas alguns instantes tardaram para que os alunos fizessem a dita ponte com a actual crise económica e o desencanto nacional de agora. Abri assim um debate necessário sobre a circularidade dos erros da história económica que têm tendência a se repetir constantemente, apesar de parecer ter formas diferentes. Falei-lhes da crise de 83, a da terrível quinta-feira negra, a crise durante a ditadura, etc.; de como tudo ocorre sempre da mesma maneira e de como as crises se repetem constantemente, fazendo sempre crer que um novo paradigma está para chegar, que o mundo vai mudar, até ao próximo erro, na realidade é esta a matéria de que são feitos os paradigmas.
Ora, não há maior ilusão de que o mundo avança de paradigma em paradigma, já que a essência do erro perdura no mesmo, se atentarmos bem os paradigmas são como portas para um corredor comprido, podemos ir de quarto em quarto, mas o corredor é sempre o mesmo. Assim a crise é como uma gravidade invisível, como o da matéria negra que nos arrasta sempre para um mundo pequenino e nauseabundo, tardando assim a chegar a idade do ouro da real condição humana