"Tesourar" ou a arte de recortar escolhos
gosto muito de "tesourar" alguns artigos, entrevistas e notícias que saem nos jornais, quando acho que valem a pena. Por vezes guardo os jornais cujos artigos me interessam, empilhados algures, como altas torres de papel. Hoje dei por mim a tesourar (arte de recortar com a tesoura alguns textos que são autênticos tesouros) uma entrevista com mais de um mês que o mestre Eduardo Lourenço deu ao jornal Público, com o nome "Portugal não é um país fácil de governar." Do qual falarei num próximo post.
Os artigos que recorto tomam caminhos mofados, alguns são catalogados por temas, outros acabam mesmo, ao fim de ano, por irem parar ao lixo.
Recortar acalma-me e reconforta o gesto enfadonho de um final de tarde. Apesar de não parecer é um trabalho meticuloso, geralmente no fim-de-semana escolho e dobro a página dos jornais cujos artigos devo criteriosamente recortar. Depois, durante a semana lá me sento na bricolage, recorto, leio, aponto... é um hábito recente este, o de "tesourar", mas que recomendo como um puzzle discursivo de retalhos da soberba vida, um agrupar de escolhos importante para nos ajudar a quebrar mais tarde algumas janelas
Recortar acalma-me e reconforta o gesto enfadonho de um final de tarde. Apesar de não parecer é um trabalho meticuloso, geralmente no fim-de-semana escolho e dobro a página dos jornais cujos artigos devo criteriosamente recortar. Depois, durante a semana lá me sento na bricolage, recorto, leio, aponto... é um hábito recente este, o de "tesourar", mas que recomendo como um puzzle discursivo de retalhos da soberba vida, um agrupar de escolhos importante para nos ajudar a quebrar mais tarde algumas janelas