Conseguirá a Arte salvar a Economia?

Angus Kennedy é o principal elemento da equipa de relações públicas do Instituto de Ideias presente em Lisboa para um colóquio na Culturgest. Segundo li, num site pessoal do mesmo, Angus Kennedy está particularmente interessado em novas formas de linguagem política, especialmente nos dias de hoje, quando os poderosos corrompem as nossas liberdades e exibem um crescente desprezo pela nossa capacidade de viver. Segundo o mesmo, há uma sensação implantada de perda de sentido e de valores que permeiem a sociedade de hoje. Cada vez mais se evidencia um crescimento do pensamento instrumentalista e uma maior incapacidade de definir e defender as coisas (educação, as artes, o crescimento económico) em seus próprios termos. Angus acredita que devemos ser livres para dizer o que queremos e de sermos capazes de assumir a responsabilidade por aquilo que fazemos: palavras e ações ainda podem mudar o mundo.
Numa entrevista ao Jornal Público dixit:

"Neste período de recessão, muitas instituições culturais estão preocupadas com as suas fontes de financiamento e utilizam o argumento que devem ser apoiadas porque as indústrias culturais e criativas desempenham um papel relevante na economia, mas essa posição coloca-nos perante uma série de questões"

"A poesia, por exemplo, nunca poderá contribuir para o PIB de Portugal. Justificar o valor das artes apenas em termos de contribuição económica é estreitar, inclusive, as opções de financiamento."

"Isso vê-se na relação entre políticos e cidadãos, com os primeiros a utilizarem a linguagem da sedução, tentando atrair audiências. Mas também é verdade para as artes, com instituições culturais atrás das audiências, tornando o seu trabalho mais acessível."

Ouça a seguinte entrevista retirada daqui : Conseguirá a Arte salvar a Economia?

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