Hoje, uma família bateu-me à porta!

a quatro horas do primeiro ministro revelar ao país a nova austeridade, bateram-me à porta. Uma família bateu-me à porta, pediram-me algo para comer. Não eram os ciganos nem mendigos, uma família normal, como a minha e a tua, vestidos a rigor como se fossem para a missa. Pediram-me comida... 
nunca esperei ver isto no meu Portugal... tudo a quatro horas do primeiro ministro revelar a nova austeridade... dei-lhes o que tinha 
(isto não é literatura, aconteceu-me mesmo). Prometi não falar de crise neste blog, mas não me permito deixar passar isto, pois estou com o coração roto e as caras envergonhadas na memória.
Já agora, leiam o artigo "un cañon en el culo" sobre o terrorismo económico às famílias

Comentários

- Mica* disse…
Como este país anda, sor. :/ em vez do país melhorar acho que vai para pior. :/
Até para a semana. :)
Lamento que se façam experiências sociais no nosso país, através de medidas impostas pela Troika, e que haja aprendizes de política, impreparados, em altos cargos da Nação. Lamento ainda a impunidade sobre os que têm sido grandes responsáveis pelo avolumar da crise, grande parte dela gerada por especuladores e pelo capital. Se perder os medos, o povo português tem o seu destino na mão, mas até lá... há fome e necessidades básicas por satisfazer, mesmo entre a classe média.
Prof. Carlos Vaz disse…
É verdade Jorge, o pais morre aos poucos! Mesmo aqueles que sempre encararam a vida com alegria, estão hoje moribundos e apáticos.

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